A "Arte" de viver e a "Maestria" em conviver...

A muito tempo não escrevo por aqui, pouco tempo me resta para isso... Hoje em dias difíceis, me dar ao prazer de escrever é fardo tão pesado que chega parecer "crime"... A "arte" de viver está exatamente no ponto de equilíbrio entre o certo e o errado, ou o que acham certo e o que você acha errado e vice-versa... Viver de fato é uma arte onde temos que nos criar e recriar a cada dia, com traços, textos, cores, texturas e imagens novas, buscando agradar a nós e aos outros... Mas dizem que o verdadeiro segredo do sucesso é buscarmos agradar muito, muito mesmo, a nós e aos outros... que pensem o que quiserem pensar... seus pensamentos não mudarão por nós... são formados e indestrutíveis... aí entra em cena a "Maestria" em conviver... Conviver nada mais é do que viver junto... junto não necessariamente em união... estar no mesmo ambiente todos os dias já é conviver... e como disse usando o termo "Maestria"... essa convivência na maioria das vezes deve ser medida, pontuada, regrada e se possível conduzida de maneira tal que tenhamos na maioria das vezes a condução do ambiente... onde na maioria das vezes... o silêncio é o maior dos arranjos... e em alguns momentos o sarcasmo é o ritmo necessário... Se fazer presente às vezes é melhor do que se fazer útil... ou de fato ser útil... a arte de viver unida a maestria da convivência nos transforma em seres mecânicos, frios, políticos... mas porque não ser? A roupagem que nos dão é a que permitimos que nos deem... daí a importância de ser o Maestro... se não for possível... sigamos ignorando as opiniões alheias, mas com sorriso largo no rosto, pois o que importa é a boa convivência...

Retorno e Início

Volto hoje ao meu blog, a este blog com intuito que retomar a vontade de escrever e de certa forma me expressar em um local de livre acesso a quem queira ler e se achar necessário comentar... voltar a escrever sobre cultura e arte, coisas com as quais me identifico e com as quais vivo, não posso deixar de falar também sobre minha filha, um marco em minha vida, um divisor de águas real... hoje o Gabriel que escreve difere muito do Gabriel que iniciou este blog até mesmo o significado do título deste blog hoje ainda válido, possui uma nova óptica, antes um ser "sozinho" de hábitos noturnos, hoje um Pai, que passa noites e noites em claro se preciso for, junto com sua filha. Espero poder transmitir de fato o que penso e o que possa vir a ajudar a quem venha ler meus textos, espero ser útil.

Auto Conhecimento ou Não

Posso dizer hoje, no ápice dos meus 26 anos de Idade, que ainda não me conheço, reconhecendo tal feito, entendo e paro de me indagar sobre conhecer ou não as pessoas, por decepcionar-me com as mesmas... Idiotice minha, se nem ao menos me conheço, como poderia querer conhecer outro ser tão à fundo a ponto de me magoar por alguma atitude por ele tomada... Ouso dizer hoje, que nunca nos conheceremos o bastante para confiarmos de fato uns nos outros... e nem devemos... nós seres humanos temos o direito de errar, mas não o dever... se disseres a alguém que o perdoou por um erro, faça isso de coração e não da boca pra fora... pois essa pessoa pode estar contanto com seu apoio no dia seguinte... ignore, desconheça, desacate, mas não dê esperanças a quem não queres mais por perto... Nossa vida é cheia de altos e baixos, como dizem os intelectuais, ou eles viviam em elevadores ou o que "usavam" era bom demais... pois tem muita gente que só vive nos baixos e alguns que só nos altos... Na verdade, a vida é uma sequencia de fatos e fatores, que dependendo da ótica de quem lhe julga, você vai de Rei à Réu em segundos... não existe "certo ou errado", depende de quem lhe observa... somos julgados o tempo todo, seja por si ou por outrem... "Viver e não ter a vergonha de ser feliz" é lindo quando cantado, de fato é piada, pois se tens necessidade de pensar em ter ou não vergonha de si é porque de fato foi julgado pelo que chamam de "sociedade", que no verdadeiro sentido da palavra, se torna algo enigmático e utópico, pois não vivemos "associados e equipados de padrões culturais comuns, próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais", o todo é tudo o que cada um quer... "Olho por Olho e Dente por Dente", vivemos de fato um convívio com indivíduos da mesma espécie, que quando nos interessa, mantemos uma relação "social" para suprir algo que nos seja favorável... cada um busca o seu interesse... e só... Aqueles que discordarem do que escrevi neste texto, terão o mesmo espaço em minha vida dos que gostaram, o espaço que me interessar oferecer... aos demais, que não lerem... Parabéns! rs "Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo." Confúcio

"Identidade - A Cultura de um ser" (parte 2)

O primeiro passo em busca de uma proximidade com a realidade cultural de Macaé, é buscarmos na sociedade local, a Identidade Cultural dos habitantes da nossa cidade, no entanto, essa é uma tarefa muito mais complexa do que se pode imaginar, pois estamos falando de um município que sofreu e sofre um impacto muito grande com a evolução industrial promovida pelo mercado Petrolífero Offshore, que atraiu pessoas de todos os lugares do mundo. Residem hoje em Macaé, pessoas de diversos Países e de todo o Brasil, e essa diversidade étnica acabou retirando a Identidade Cultural do Município.
Macaé passa por uma constante mudança geográfica e populacional, o que influi diretamente na questão Cultural do Município, onde é possível observar manifestações culturais oriundas de vários estados Brasileiros e até mesmo de outros países. Essa demanda de bens culturais trazidos de outros estados e ou países, acaba por gerar uma série de problemas na gestão pública de cultura do município, a qual tem que se desdobrar para suprir as necessidades dessa multidiversidade de culturas presentes em Macaé e buscar o resgate da Identidade Cultural da cidade.
Historicamente, Macaé sempre serviu como elo de ligação entre as Regiões Norte Fluminense e a das Baixadas Litorâneas, hoje assim identificadas pelo Governo do Estado. Por se tratar de uma cidade portuária, Macaé é um local de entrada e saída de pessoas desde a época em que a Região era demoninada Capitania de São Tomé.
A produção agrícola, pecuária e pesqueira sempre foram meios de sustento da população na história da cidade, que por muitos anos sobreviveu desses meios de comércio. Hoje com a exploração petrolífera, o inchaço populacional de forma não planejada gerou o crescimento desordenado do município, causando deficiências nos sistemas de saúde, educação, habitação, entre outros, e como não daria para esquecer, a questão cultural perdeu toda e qualquer referência, sendo hoje um pot-pourri de culturas onde temos pessoas ligadas às mais distintas manifestações, do erudito ao punk. Macaé, a cidade da diversidade, étnica, social, política e principalmente cultural.

Continua em breve...

"Identidade - A Cultura de um ser" (parte 1)

Cada ser, corresponde com sua parcela de importância e relevância dentro da sociedade em que vive, no grupo religioso que frequenta, e ou na comunidade em que se identifica. Identificar-se com uns ou outros hábitos, costumes e ações promovidas por terceiros, podem lhe direcionar a Cultura na qual está inserido, Cultura nesse caso sendo referida aos conhecimentos adquiridos com os demais membros da sociedade.
Cultura pode significar uma quantidade razoável de coisas, porém quando referida à identidade de um ser, de uma comunidade, de uma sociedade ou até mesmo de uma nação, o significado é simples, trata-se dos conhecimentos adquiridos e contínuamente transmitidos entre gerações, onde o ser humanista ou civilista é um homem educado, intelectual e artisticamente, além de ser inserido numa ordem racional e politicamente construída.
Antropológicamente o conceito de Cultura é a capacidade intelectual que se desenvolve por meio de diferentes manifestações, ou seja, o complexo de conhecimentos, crenças, artes, leis, moral, hábitos, costumes e capacidades adquiridas pelos homens como membros de uma sociedade. Identidade, significa no dicionário as seguintes situações, qualidade de idêntico, paridade absoluta e por fim a que mais interessa para o entendimento da Identidade Cultural de alguém, que é a circunstância de um indivíduo ser aquele que diz ser ou que outrem presume que ele seja. Ao ler o último significado da palavra, podemos dizer que sua identidade não depende apenas de você, mas também do que você representa para outrem o qual lhe identificará a partir de sua posição perante a sociedade, onde chegaremos a Identidade Cultural de cada um, vista pelos demais membros que formam tal grupo.
Identidade é a igualdade completa e Cultura é um adjetivo de saber, assim, a junção das duas palavras produz o sentido do "saber se reconhecer".

Você sabe se reconhecer perante a sociedade em que vive? Em que Cultura está inserido? O que recebeu das gerações que te antecederam e que transmitirá aos seus sucessores? Que Cultura é essa em que vivemos?

Continua em breve...